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domingo, 12 de junho de 2011

Papéis Invertidos

Quando fui à Feira do Produtor pela primeira vez para coletar informações que poderiam ser interessantes para a elaboração da reportagem da revista Eu Tenho Profissão, já esperava algumas situações, algumas histórias, e até alguns imprevistos que poderiam acontecer. O que eu não esperava era dar entrevista para uma pessoa.

Isso quase aconteceu. Enquanto fazia uma pausa para um pastel - definitivamente, não consigo ir à feira sem comer um pastel -, prestei atenção em uma mulher que dava dicas a um atendente que, aparentemente, era novato na área. Fui novamente vítima de minha insaciável curiosidade.

A mulher que passava orientações ao novato se chamava Paola. Tínhamos a mesma idade, 23. Para minha surpresa, ela também era uma novata no ramo. Eu estava acompanhado de outros dois acadêmicos de jornalismo, e começamos uma conversa descontraída. Em alguns minutos, quando nem me dei por conta, os papéis estavam invertidos. Quem fazia as perguntas sobre nosso trabalho, nosso curso e o que estávamos, afinal, fazendo na feira, era a feirante!

Diferente de grande parte de seus pares, Paola começou a trabalhar na feira para aproveitar a oportunidade para levantar algum dinheiro e trabalhar em um horário que se encaixa com seus outros afazeres. Embora também seja uma novata, afirma que já tem uma clientela fiel e conhece as preferências de alguns clientes, o que constato rapidamente quando acompanho, de longe, o atendimento dela a algumas pessoas que se aproximavam do balcão.

Quanto a conversa, a curta experiência da entrevistada permitiiu mais um papo descontraído sobre generalidades que uma conversa específica sobre os "desafios" da profissão de feirante. Ela manifestou o desejo de estudar, cursar uma faculdade. E pelos pouco mais de cinco minutos que conversamos, não me surpreenderia se optasse pelo jornalismo.

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