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sábado, 11 de junho de 2011

Uma reportagem para chamar de minha

Em alguns momentos da vida procuramos fazer o que é mais fácil, mais cômodo e mais prático, quando temos essa postura, não tenho dúvida, fazemos as coisas mais por obrigação do que por amor. Em outros momentos, escolhemos aquilo que realmente acreditamos sem olhar os obstáculos.

Ao escolher a profissão de boia-fria pensei no resultado, na riqueza das histórias que eu poderia encontrar e em tudo que essa experiência poderia trazer para mim. Desconsiderei no primeiro momento as dificuldades que eu iria enfrentar.

Não foi fácil e digo que se a minha espera se estendesse por mais um dia eu teria me arrependido da escolha que fiz. Foram inúmeras ligações. Conversei com algumas usinas da região que não autorizam meu trabalho, consegui uns contatos improváveis, o pai, o tio e o primo da amiga, a conhecida do meu pai, uma colega distante e por aí vai. Nada dava certo. Tentei contatos pessoais, viajei e nada.

Faltavam poucos dias para a entrega do material, eu estava preocupada, mas confiante na última esperança que eu tinha, um contato nada oficial, mas que se mostrou muito solícito desde o início.

O sábado de aleluia fez jus ao nome que tem e foi nesse dia que finalmente fui para o, nesse momento, tão sonhado, canavial. O que encontrei lá vocês vão saber na reportagem da revista Eu tenho profissão, mas o sufoco dos bastidores dá para sentir aqui.

Ser boia-fria por algumas horas foi quase a realização de um sonho, eu estava feliz por estar lá e ver a reportagem pronta para mim, é prova de que tudo que é feito com o coração tem um sabor muito mais especial.

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