Há quase três anos no curso de jornalismo, percebi que a vida de Jornalista não se resume a estar em uma redação ladeado por computadores, correndo contra o tempo. Às vezes nos deparamos com situações em que nós, temos que ser os protagonistas dos nossos próprios trabalhos, para sentir na pele, a rotina do outro. Foi assim com a revista Eu Tenho Profissão. Desde o ano passado, foi lançado o desafio para escolhermos qual seria o tema da revista do terceiro ano de jornalismo 2011. Sem muito debate, decidimos por Profissões, por se tratar de um tema abrangente e que possibilita inúmeras pautas interessantes.
Definido o tema, iniciamos mais um desafio: decidir as profissões que cada repórter iria retratar. Sem exceções, todas as profissões escolhidas foram muito bem selecionadas, sem medo de ousar, mesmo sabendo que mais tarde teríamos que vivenciar, na prática, a rotina (nada leve) de cada um desses trabalhadores.
A mim coube “vestir a camisa” (a touca e o avental) de garçonete, profissão bastante conhecida e bem cansativa. Ao longo de dois dias caminhando de um lado para o outro dentro de uma lanchonete, servindo e limpando mesas e conversando com diversas pessoas, meus pés já reclamavam bastante, e ao lado da canseira que dominava o corpo, surgia a admiração, por essas mulheres que têm como função servir bem o cliente, independente de como sejam tratadas.

Apesar de não ter sido fácil, pude sentir na pele como é ser um trabalhador do “mundo real”, que tem contas a pagar, que fica doente, que sofre com o desrespeito das pessoas, mas que tem de superar tudo porque precisa do emprego e muitas vezes porque a vida não lhe deu outras oportunidades.
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