Nenhuma profissão é fácil no início. Surgem dores, insegurança, medo de lidar com o novo. Na profissão de garçonete é assim. Nas conversas que tive com as jovens meninas, hoje acostumadas com a tarefa de servir mesas, pude perceber, que até que haja uma adaptação, a tarefa não é nada fácil. É preciso ser delicada, saber conversar e principalmente: saber manusear a bandeja sem derrubar tudo no cliente, pois qualquer deslize pode lhe custar o emprego. Algumas me disseram que quando isso acontece, o melhor a se fazer é pedir desculpas e tentar ajudar o cliente a se limpar, mas é uma situação nada agradável.
As iniciantes sofrem ainda, com o longo período que tem de ficar em pé e caminhando de um lado para o outro. Eu senti isso na pele, e ganhei até algumas bolhas de recordação. Algumas garçonetes revelaram até, que quando iniciaram tinham de fazer escalda pés, ou deixar as pernas para o alto, para aguentar o trabalho no dia seguinte.
Para ser garçonete, mais do que tudo, é necessário persistência, para se adaptar a rotina de trabalho e tornar natural aquilo que lhe causa dor.
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